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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

NAVEGAÇÃO TERRESTRE



A navegação em área de cobertura vegetal de risco é uma tarefa complexa porque a ausência de pontos de referência acabam confundindo o indivíduo que tenta se orientar sem a ajuda de um instrumento confiável ou a técnica adequada. Até mesmo quem já possui alguma experiência não confia muito em possíveis referências, porque tudo se confunde devido à repetição contínua e monótona da cobertura vegetal. Os incontáveis obstáculos constantemente causarão desequilíbrio e quedas, tornando difícil a visada permanente sobre determinado ponto. A necessidade de se saber onde pisar ou colocar as mãos desviará, por certo, a direção do raio visual e, finalmente, a própria densidade da cobertura vegetal permitirá que se veja até a uma distância máxima de 15 ou 20 metros à frente.

À noite pouco se vê, mas o luar, quando houver poderá atenuar um pouco essa escuridão sem, contudo, entusiasmar o deslocamento noturno, pois o copado fechado das árvores não permitirá muitas vezes que se observe o sol ou o céu, a não ser que se esteja em uma clareira, o que, ainda sim, não significará que se possa efetivamente observá-los de dia ou de noite, pois haverá sempre a possibilidade de céu nublado.

Pelo exposto, os processos de orientação e navegação sofrerão muitas restrições e, portanto, serão mesmo que genericamente abordados neste manual, pois são imprescindíveis para a busca e localização de vítimas. A navegação é o termo que se emprega para designar qualquer movimento, terrestre ou fluvial, diurno ou noturno, por meio da vegetação.

Quando se encontrar uma trilha aberta pelo ser humano, geralmente ela conduzirá a um lugar de salvação. Se a trilha for feita por animal, difícil de identificar por quem desconhece a vegetação, normalmente ela conduzirá a um local de água (bebedouro). Se tratar-se de um igarapé, pode-se segui-lo na direção da corrente, fato que deverá conduzir a um curso de água maior, que, por sua vez, pode levar a um local que permita a sinalização terra-ar ou onde haja habitante ribeirinho. Caso o curso de água desembarque em lagoas ou lago, do mesmo modo haverá melhores condições para a sinalização. 

Se um indivíduo do grupo se perde, poderá ser lançado mão de gritos ou de apitos para chamar a atenção. Poderá também bater com qualquer pedaço de pau em cartas raízes expostas de arvore (sapopemas), o que produzirá um som que reboará uma determinada distância. Para facilitar a orientação e navegação de volta, poderão ser deixados marcas com um facão, faca ou canivete nas árvores. Pode-se ainda quebrar os galhos da vegetação mais baixa, deixando-os apontando para a direção a ser seguida.

O indivíduo ou grupo de indivíduos, aventurando-se em uma cobertura vegetal de risco, em caso de dificuldade, tenderá naturalmente a movimentar-se a esmo em busca da salvação. Essa precipitação é normal, no entanto, muitos já perderam suas vida, movidos pelo pânico. Caso o indivíduo esteja perdido ou em dificuldade, a fim de eliminar a ansiedade, possibilitando uma melhor análise da situação e correta tomada de decisões recomenda-se como regra geral adotar os procedimentos a seguir:

Em caso de emergência lembre-se da palavra E S A O N
• E - Estacione - fique parado, não ande a toa;
• S - Sente-se - para descasar e pensar;
• A - Alimente-se - saciando a fome e sede, qualquer um terá melhores condições para raciocinar;
• O - Oriente-se - procure saber onde está, de onde veio, por onde veio ou para aonde quer ir, utilizando-se do processo que melhor se aplicar à situação;
• N - Navegue - agora sim, desloque-se na direção desejada.

O “Estacionar” e o “Sentar-se” independerão de maiores conhecimentos, servem basicamente para se acalmar.

O “Alimentar-se” exigirá, na falta de alimentação e água, a aplicação de recursos de emergências pra obtê-los da própria mata em casos extremos de sobrevivência que não será o objeto do presente manual.

O “Orientar-se” e “Navegar” estão sento tratados de maneira sintética no presente manual.


FONTE DE REFERÊNCIA
MBSCVR - MANUAL DE BUSCA E SALVAMENTO EM COBERTURA VEGETAL DE RISCO 

Direitos Autorais :  Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo.

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