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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

FUMAÇA E SEUS EFEITOS

Fumaça é geralmente uma mistura de partículas sólidas, gotículas de água ou outros líquidos e gases oriundos dos materiais envolvidos na combustão, sendo que, na maioria das vezes, é tóxica. A quantidade de fumaça gerada no incêndio depende do tamanho do incêndio e das características do material queimado.

O comportamento e o movimento das massas de fumaça e gases quentes dependem da temperatura e configuração do local, porém, sendo o ar quente menos denso que o ar fresco, a fumaça sobe rapidamente e com maior velocidade. Quando a fumaça e o ar se resfriam, este efeito de subida é interrompido e a fumaça tende a formar camadas (estratificação da fumaça). O movimento de fumaça, então, é mais afetado pela turbulência do ar causado pelas aberturas feitas no compartimento, pelo deslocamento de pessoas ou pelo uso de jatos de água por esguichos reguláveis, do que pela temperatura dos gases.

É essencial lembrarmos duas importantes características da fumaça:
Pode queimar - alguns produtos da combustão talvez não queimem totalmente por causa da escassez de oxigênio ou da insuficiência de fonte de ignição. Recebendo nova remessa de ar fresco e havendo uma nova fonte de ignição podem resultar em uma explosão ambiental (“backdraft”). Se a fumaça estiver quente o suficiente pode ocorrer re-ignição sem haver nova fonte de ignição;

Pode estar quente - a fumaça pode estar quente o suficiente para inflamar materiais com que mantém contato. O fato de estar quente produz a radiação de calor, o que pode ser o suficiente para iniciar a queima de outros combustíveis no compartimento. 

Os gases encontrados na fumaça representam uma grave ameaça para a integridade física, tanto das possíveis vítimas como dos profissionais que realizam o salvamento, sendo que os seus efeitos podem variar, dependendo do produto que estiver sendo oxidado.

Dentre as lesões, podemos citar: a falta de ar (hipoxia), irritação do estômago pela ingestão de partículas sólidas causando náuseas e vômitos; irritação pulmonar produzida pela inalação de gases irritantes; intoxicação; hiperventilação; exaustão pelo calor; e ataques cardíacos, além do comprometimento da visão por partículas irritantes.

Tais fatos reforçam os procedimentos operacionais adotados pelo Corpo de Bombeiros quanto ao emprego de equipamentos de proteção respiratória para o atendimento de ocorrências de incêndio, por mais inofensivas que pareçam ser.

Mesmo ao executar uma ventilação satisfatória do ambiente sinistrado, em hipótese alguma pode ser descartado o uso de EPR (equipamento de proteção respiratória).

Em uma ocorrência, é impraticável e pouco provável uma análise efetiva que possa identificar quais são os contaminantes que se encontram naquela atmosfera sinistrada, razão pela qual não se utilizam filtros, pois tais equipamentos não oferecem uma margem de segurança satisfatória. No entanto, os equipamentos autônomos de proteção respiratória oferecem uma maior confiabilidade, visto que o ar respirado (proveniente dos cilindros) independe do ambiente afetado.

Mesmo não podendo qualificar todos os gases que se podem encontrar em um local de sinistro, pode-se destacar alguns que, pelas características gerais do mobiliário, equipamentos e tipos de revestimento, são comuns a quase todas as edificações e, portanto, apresentam semelhança em locais atingidos pelo fogo, podendo apresentar variações de acordo com os seguintes fatores:
• natureza do combustível;
• concentração de oxigênio;
• temperatura de evolução dos gases; e
• taxa de aquecimento.


FONTE DE REFERÊNCIA
MVT – MANUAL DE VENTILAÇÃO TÁTICA

Direitos Autorais :  Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo

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